Por Guilherme Gandini | 05 de novembro, 2022
A artista catanduvense Gisele Faganello participa, este mês, da exposição coletiva “Novembro Azul”, que leva curadoria de Maria dos Anjos Oliveira, da Anjos Art Gallery, e Nair Petry, do Espaço Paulista de Arte. A mostra ocorre na galeria Joh Mabe Espaço Arte & Cultura, em São Paulo, com vernissage no próximo dia 8, das 17 às 21 horas, e visitação até 4 de dezembro.
Nesse evento, Gisele apresenta obras contemporâneas da Série Fluir, com técnica mista utilizando folha de ouro. Ela lembra que 2022 é um marco para a história da arte nacional. “É comemorado o centenário da Semana de Arte Moderna, também conhecida como Semana de 22, isso significa que os centros culturais estão celebrando este marco”, enaltece a artista.
Devido a esse contexto, diz ela, as curadoras da exposição elegeram o espaço de Joh Mabe para receber as obras. Ele é filho do famoso artista plástico Manabu Mabe, falecido em 1997, e inspirado pelo sonho de seu pai, vem atuando desde 1988 no mercado de arte.
“Ao revelar jovens artistas e criar espaços para novos talentos exporem seus trabalhos, ele dá continuidade ao legado de Manabu Mabe e contribui para o desenvolvimento da cultura brasileira nas artes visuais. Após 20 anos de trabalho o repertório da galeria se diversificou, abrindo espaço também para esculturas e fotografia”, completa Gisele.
A mostra “Novembro Azul”, que foca a conscientização de prevenção do câncer de próstata, vai contar com obras inéditas e outras tantas que tiveram destaque para os artistas participantes em pintura, arte digital, desenho e fotografia.
A seleção das curadoras, além de Gisele, reúne os artistas Antonio Garcia, Bia Black, Celina Redoschi, Charles Oak, Elisabeth Wortsman, Elaine Janeiro, Eduardo Petry, Germilide Zandona, Helenita Teixeira, Lisete Teresinha Chies, Maria Luísa Herszkowicz, Ulysses Galletti e Vânia Gagliardi. O Espaço Arte & Cultura fica na av. Brigadeiro Luís Antônio, 4225, Jardim Paulista.
QUEM FOI MANABU MABE
Nascido em 1924, em Kumamoto-Ken, situada na ilha de Kiushiu, Sul do Japão, Manabu Mabe foi pintor, gravador e ilustrador. Emigrou com a família para o Brasil em 1934, onde naturalizou-se e passou a trabalhar na lavoura de café em São Paulo.
Em 1957 vendeu o cafezal para dedicar-se exclusivamente à pintura. No ano seguinte, recebeu o Prêmio Leirner de Arte Contemporânea. Conquistou também o prêmio de melhor pintor nacional na 5ª Bienal Internacional de São Paulo e prêmio de pintura na 1ª Bienal de Paris.
Nos anos 1980, pintou um painel para a Pan American Union em Washington, Estados Unidos; ilustrou O Livro de Hai-Kais, tradução de Olga Salvary e edição de Massao Ohno e Roswitha Kempf; e elaborou a cortina de fundo do Teatro Provincial, em Kumamoto, Japão.